A candidata da Coligação Unidos por Ponta Delgada (PS, BE, PAN e Livre), Isabel Almeida Rodrigues, afirmou esta quarta-feira que “o tempo do PSD em Ponta Delgada está esgotado” e que “as pessoas pedem mudança em cada freguesia, em cada conversa e em cada porta onde batemos”.

Durante um jantar-comício, Isabel Almeida Rodrigues destacou que, após mais de três décadas de governação social-democrata, “as freguesias sentem-se abandonadas e as promessas ficaram por cumprir”. “O PSD não pode dizer que não teve tempo. Há 32 anos que governa, e é legítimo perguntar o que fez pela nossa terra, pelas nossas freguesias, pelo desenvolvimento de Ponta Delgada. A resposta é simples: fez muito pouco”, acusou.

A candidata sublinhou que a coligação Unidos por Ponta Delgada nasceu “da vontade de fazer diferente e melhor, colocando o que nos une acima do que nos separa”. “Unimo-nos para responder por igual a todas as 24 freguesias. Não queremos mais abandono nem esquecimento. Vamos à luta, e vamos à luta unidos, porque unidos somos mais fortes”, afirmou.

Entre as áreas prioritárias, Isabel Almeida Rodrigues destacou a habitação, segurança e a mobilidade, criticando o “imobilismo do PSD” em cada uma delas. “Em matéria de habitação, a Câmara ignora as famílias que vivem em casas sem condições e os jovens que não conseguem sair de casa dos pais. É inaceitável que uma Câmara com acesso a fundos comunitários só tenha conseguido entregar três das mais de cem habitações previstas”, referiu.

Reiterando que “a habitação será uma prioridade absoluta”, Isabel Almeida Rodrigues assumiu aumentar “em três milhões de euros por ano o investimento municipal em habitação, reabilitar casas devolutas, apoiar cooperativas e criar arrendamento acessível para jovens e famílias. Todos têm direito a uma casa digna, e nós não vamos descansar enquanto isso não acontecer”, assegurou.

Sobre segurança e dependências, Isabel Almeida Rodrigues defendeu “uma abordagem humana e integrada”. “Não queremos empurrar as pessoas para fora. Estas pessoas precisam de tratamento, acompanhamento e um teto. O consumo de drogas é um problema de saúde pública e deve ser tratado como tal”, afirmou, acrescentando que “a segurança é condição para a liberdade”.

A candidata defendeu ainda o reforço dos efetivos da Polícia Municipal e da PSP, a melhoria da iluminação e da requalificação urbana, sublinhando que “é preciso devolver às pessoas o direito de circular e viver com tranquilidade”.

Já em matéria de mobilidade, Isabel Almeida Rodrigues criticou a ausência de planeamento do atual executivo: “Temos um sistema de transportes que não serve a população. Prometeram transportes acessíveis e estacionamento, mas nada foi feito. Queremos reorganizar circuitos, alargar o minibus e criar um plano de estacionamento realista e eficaz”.

A candidata defendeu também transportes gratuitos “para todos os jovens até aos 23 anos, para pessoas com mais de 65, e tendencialmente gratuitos para todos os restantes”, e apresentou o projeto Metrobus, que ligará Ponta Delgada, Lagoa e Ribeira Grande, “para facilitar a mobilidade e reduzir custos para as famílias”.

Garantindo que pretende liderar “uma Câmara que resolve problemas”, com “uma gestão próxima, descentralizada e de diálogo permanente com as 24 freguesias”, Isabel Almeida Rodrigues reforçou que a sua primeira preocupação será “ouvir as pessoas”.

Frisando não ter ambições pessoais, mas sim “o propósito de servir os outros com verdade, transparência e dedicação”, a candidata finalizou a sua intervenção com um apelo à mobilização no dia 12 de outubro.

“O projeto Unidos por Ponta Delgada é o único capaz de derrotar o PSD e trazer a mudança que o concelho precisa. No próximo domingo, peço-vos que não fiquem em casa. Levem convosco a vossa esperança e o vosso descontentamento, e transformem-nos num voto pela mudança”.